Entre os grandes países, o Brasil é o mais dependente do transporte rodoviário, de acordo com informações divulgadas pelo Valor Econômico.
Essa realidade é acompanhada por custos logísticos elevados, que podem ser relacionados com o baixo índice de pavimentação das estradas brasileiras: de acordo com a Fundação Dom Cabral, menos de 15% das estradas são devidamente pavimentadas. Os dados divulgados pelo Valor mostram que 63% do nosso transporte depende da matriz rodoviária — nos EUA a taxa é de 49%, 30% na China e na Austrália, apenas 19% no Canadá.
No ano passado, Luiz Maciel escreveu para o Valor em 2023 sobre como o modal rodoviário cresceu após a pandemia, mas no Brasil as empresas sofrem com custos logísticos mais altos do que os da Índia, China, Canadá e Estados Unidos.
A publicação dessas pesquisas gera impactos no debate sobre as necessidades do Brasil em infraestrutura e sobre qual seria a estratégia mais adequada para o desenvolvimento dos modais. O jornal “O Tempo” publicou editorial intitulado “Diversificação para o Brasil crescer”, onde aborda a necessidade da expansão dos modais de transporte para reduzir os custos dos produtos brasileiros, aumentando a competitividade da economia brasileira.
O transporte ferroviário e a cabotagem aparecem como modais com grande potencial de crescimento. Os defensores apontam que investimentos nessas áreas podem trazer resultados econômicos positivos imediatos, para além dos efeitos de médio e longo prazo na forma de redução de custos. A expansão da infraestrutura desses dois setores, no entanto, é atacada por campanhas de alguns setores ambientalistas.
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Foto: Anderson Cardoso
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