Estudo da CNI estima o acréscimo de R$10,7 bilhões no PIB do estado do Amapá, correspondendo ao aumento de 61,2% do PIB, além da criação de 53.916 novos postos de trabalho. Considerando os empregos diretos, indiretos e os outros estados do norte e do nordeste envolvidos na exploração da margem equatorial, estima-se a criação de 300 mil postos de trabalho.
Como divulgado no portal Ação Amazônia, a pressão para que a Petrobras avance na prospecção de petróleo na Margem Equatorial do Amapá tem aumentado, com apoio vindo de diversos espectros políticos, e um movimento crescente para que o IBAMA reconsidere sua postura negativa sobre o projeto.
A Guiana conta com uma reserva de 11 bilhões de barris de petróleo. Entre 2019 e 2023, o PIB da Guiana saltou de US$ 5,17 bilhões para 16,79 bilhões. Há quem chame a Guiana de “a nova Dubai”. Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, espera-se da margem equatorial a variação entre 10 a 30 bilhões de reservas.
No dia 29 de outubro de 2024, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu um parecer recomendando a manutenção do veto à concessão de licença para a prospecção de petróleo na margem equatorial do Amapá pela Petrobrás.
Apesar de reconhecer avanços no plano, o Ibama ressaltou a necessidade de ajustes para conformidade total com o Manual de Boas Práticas de Manejo de Fauna Atingida por Óleo, incluindo a presença de veterinários a bordo das embarcações e helicópteros suficientes para emergências.
A expectativa é a concessão da licença ainda em 2024, todavia, ainda que seja concedida, a Petrobras prevê não iniciar a exploração até o fim do ano e ressalta que a moratória para a obtenção da licença gera prejuízos operacionais pelo atraso na prospecção do petróleo e gastos com operações não realizadas.
A diretora de exploração e produção da Petrobras, Sylvia Anjos, defende que a Petrobras cumpriu as exigências do Ibama para a concessão da licença de exploração. Além disso, ela chamou de “fake news científica” a pesquisa realizada pelo Greenpeace, que aponta a existência de corais na região. Também ressaltou que apesar do nome Bacia Foz do Amazonas, os poços ficam a 540 quilômetros da foz.
De acordo com o coordenador-geral de mudanças do clima do Ministério do Meio Ambiente, Thiago Longo, uma decisão do IBAMA não deve sair antes da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), a ser realizada em Belém no ano de 2025.
Redação
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